
- Inicialmente o título do filme seria "Eu Preciso Dizer Que Te Amo".- Para escolha do ator para o papel de Cazuza, Sandra Werneck, desde o início queria um desconhecido. Achava que nenhum ator muito marcado entraria na vida do Cazuza como eu gostaria. Foram mais de 60 testes, o Faustão anunciou a busca de um ator para o papel, muita gente apareceu. Nos testes, não dava cenas, preferia a improvisação. Daniel Oliveira foi sugerido pelo ator Sérgio Maciel, que tinha sido companheiro de Cazuza. Daniel tinha feito uma ponta em um filme que nunca passou, estava fazendo uma peça e só tinha participado de Malhação. No teste, ele deveria improvisar a cena de quando recebia o resultado do teste da Aids. A maioria dos atores chorava, corria, se desesperava. Ele pegou o teste, amassou, botou na boca e cantarolou "o meu futuro é duvidoso". Ele teve uma atitude totalmente Cazuza. Sandra Werneck não teve mais dúvida, mas não podia escolher sozinha. Levou uma fita com oito testes para os pais do Cazuza. Quando João viu Daniel, falou: "é esse, Lucinha".- Os atores fizeram um curso de preparação com Walter Lima Jr. Ninguém se conhecia, quem era músico não era ator, quem era ator não era músico. O Arlindo Lopes, que faz o Dé, não sabia tocar nada, aprendeu em um mês. O Cadu Favero, que faz o Frejat, só sabia tocar o solo de "Pro dia nascer feliz". O André Pfefer, que faz o Maurício, não era ator. O Dudu, que faz o Guto, é um super ator, mas não era músico. Daniel Oliveira brincava de cantar em Belo Horizonte, mas nada profissional. Durante a preparação do filme tive aula de canto para chegar mais perto do timbre do Cazuza.- Produtor do primeiro disco do Barão Vermelho, em 82, junto com Ezequiel Neves, Guto Graça Mello assina a direção musical do filme, que tem pelo menos 40 cenas envolvendo parte do repertório da banda e de Cazuza, além de músicas clássicas e outras de Cartola e Ney Matogrosso. - A carreira do Barão Vermelho deslanchou depois que Guto e Ezequiel conseguiram vencer a resistência de João Araújo, pai de Cazuza e presidente da Som Livre, a gravar o primeiro disco do Barão Vermelho. Nos últimos oito meses, Guto recolheu os tapes de gravações e recuperou todo o material da banda. - Daniel Oliveira usou de lente de contato e teve que emagrecer 11 quilos, para o papel. Perdeu os 11 quilos em três semanas em um regime radical - em casa e num spa.- Antes de começar as filmagens de Cazuza, Emílio de Mello quis conhecer Ezequiel Neves, sua personagem no filme e parceiro de longa data de Cazuza. Um contato que chegou a render eventuais mexidas no roteiro, aprovadas pela diretora Sandra Werneck- A exemplo de seus outros filmes, o apartamento de Sandra, na Gávea, também serviu de locação, como casa de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza.- Em um no pátio de um condomínio na Epitácio Pessoa, na Lagoa, para recriar num palco improvisado o primeiro show do Barão Vermelho, que na realidade ocorreu em 82 na Barra.- Flávio Tambellini, que assina a co-produção, viabilizou a construção de uma réplica do Circo Voador no Arpoador e a criação em estúdio de cenários que revivem o Rio dos anos 80 e de Cazuza. - Os figurinos também trazem de volta as marcas que ditaram a moda na Zona Sul dos anos 80. O olhar atento desvenda rapidamente a camiseta da lata, os anjinhos da Fiorucci, a bermuda jeans da Dimpus, os tênis das marcas All Star e Company, a calça baggy, os biquínis de pano e de tricô, spencers, leggings e as bandanas coloridas. E também o brinco grande numa orelha só, os cabelos assimétricos e as ombreiras. A figurinista Claudia Kopke vasculhou em brechós as relíquias que fizeram a cabeça e vestiram os jovens da geração Cazuza. Para retratar o período que começa no fim dos anos 70 e termina com a morte do cantor, em 90, o filme desfila por dois estilos diferentes. - A equipe reproduziu as camisetas usadas em shows pelos músicos do Barão Vermelho. Numa delas, Cazuza expõe toda a sua irreverência com os dizeres "Prefiro o Toddy ao tédio".
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